TEMA: O VALOR DA FAMÍLIA
Texto: Sl 127
INTRODUÇÃO:
ü
Estudar sobre o valor da
família é de muita importância para nós, pois, de uma forma ou de outra,
nascemos numa família. Com exceção daqueles que são fruto da marginalidade,
cada um de nós vem de uma família, seja pobre ou rica, desconhecida ou famosa,
pequena ou grande, evangélica ou não.
ü
A família é a base de nossa
vivência. Dela nascemos e dela dependemos na maior parte da existência. Isso é
plano de Deus. Meditemos um pouco sobre o assunto.
ü
Eu queria meditar sobre o VALOR DA FAMÍLIA, e para
compreender sobre o valor da família temos destacar algumas verdades para nossa
reflexão:
1.
PROJETO DE DEUS
1.1. O HOMEM NÃO TERIA CRIADO A FAMÍLIA.
O homem, na sua origem, talvez não criasse a família. Não saberia
como fazê-lo. Depois da Queda, podemos ter certeza de que o homem jamais
buscaria criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de
convivência, contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas. Deus só fez
u'a mulher para o homem e, mesmo assim, há uma tendência à poligamia ou ao
adultério masculino e feminino.
1.2. ORIGEM DIVINA PAI - MÃE – FILHOS
1.2. ORIGEM DIVINA PAI - MÃE – FILHOS
A família é uma instituição divina. Ela é tão
importante, que foi criada antes da Igreja, antes do Estado, antes da nação.
Deus não fez o homem para viver na solidão. Quando acabou de criar o homem,
Adão, o Senhor disse: "Não é bom
que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante
dele" (Gn 2.18). Deus tinha em mente a constituição da família,
mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a
procriação, dizendo: "Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra
(Gn 1.27-28). Fica mais clara a origem da família, quando lemos: "Portanto,
deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só
carne" (Gn 2.24). "O homem" aí é o filho, nascido de pai e
mãe. Deus fez a família para que o homem não vivesse na solidão (Sl 68.6;
113.9).
1.3. ATAQUES À FAMÍLIA
Por ser de origem divina, o inimigo tem atacado
a família de maneira implacável. As tentações aos pais de família,
principalmente na área do sexo e do mau relacionamento com os filhos tem sido
constante; os ataques aos filhos, lançando-os contra os pais; dos pais contra
os filhos; o problema das drogas, do sexo ilícito, da pornografia, de outros
vícios, do homossexualismo.
2.
ORIGEM DO LAR
2.1. CONCEITO
A palavra lar vem de lare (Latim), significando, etimologicamente,
" a parte da cozinha onde se acende o fogo"; "a
família"(fig.). Certamente, isso dá idéia de lugar íntimo, aconchegante.
Daí, vem a palavra "lareira", onde a família se reunia para
conversar, ao redor do fogo, principalmente nas noites e dias frios. Podemos
dizer que o lar é o ambiente em que convive uma família. Hoje, a TV tem
prejudicado a reunião da família. É um verdadeiro "altar".
2.2. CONDIÇÕES PARA QUE HAJA UM LAR
Um lar não é apenas uma
casa, uma construção. Alguém pode morar numa pensão, num hotel, num quarto
isolado, sem que possa dizer que vive num lar. Para que haja um lugar que possa
ser chamado lar, deve haver algumas condições, tais como:
1) AMOR
1) AMOR
2) HARMONIA
3) PAZ
4) RELACIONAMENTO SAUDÁVEL
2.3. O PRIMEIRO LAR
O primeiro lar foi criado por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes
da queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e
comunhão com Deus. A vida não era de ociosidade, pois Deus colocou o homem no
Jardim "para o lavrar e guardar" (Gn 2.15). Mas o trabalho era suave.
Não havia desgaste físico e emocional, como se conhece hoje.Havia trabalho mas
em compensação não havia doenças, nem dor, nem tristeza nem morte.
2.4. A PRESENÇA DE DEUS NO PRIMEIRO LAR
Diariamente, "....Deus,... passeava no Jardim,pela viração do
dia...(Gn 3.8a). Era maravilhoso ouvir a voz de Deus diretamente de sua boca,
contemplando Sua face. Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença
de Deus nos lares cristãos.
2.5. INTEFERÊNCIA DO MAL - A QUEDA DA FAMÍLIA
2.5. INTEFERÊNCIA DO MAL - A QUEDA DA FAMÍLIA
O homem podia comer de todas as milhares de árvores que havia no
Jardim (inclusive da Árvore da Vida), exceto da "árvore da ciência do bem
e do mal" (Gn 3.2-3). Tentado pelo diabo, o casal caiu, trazendo toda
sorte de males para a família, inclusive a morte, que passou a todos os homens
(Rm 5.12). Atualmente, a história se repete. Por ouvir a voz do "outro"
, muitas famílias sofrem terrivelmente.
2.6. A REDENÇÃO DA FAMÍLIA
Deus, que ama tanto a família, previu sua redenção ANTES da fundação
do mundo (1 Pe 1.19-20). A primeira pessoa a ser tentada foi a mulher. E Deus
ama tanto a mulher que prometeu a redenção da raça humana através " da
semente da mulher" (Gn 3.15). Na "plenitude dos tempos, Jesus veio ao
mundo, "nascido de mulher" (Gl 4.4.) para redimir a humanidade.
3. JESUS
E A FAMÍLIA
Nosso Senhor Jesus Cristo valorizou a família. Veio ao mundo através de uma família. Além de pais, teve irmãos e irmãs (Mt 13.55-57). Teve seu crescimento físico, social, intelectual e espiritual no seio da família (Lc 2.52). No seu ministério, não costumava a hospedar-se em hotéis, mas desfrutava da hospitalidade de um lar (Mt 8.14; Lc 10.38-42). Em muitos milagres, demonstrou seu cuidado para com a família (Mt 8.14-15; Lc 7.12-16). Seu primeiro milagre foi realizado numa festa de casamento (Jo 2.12). Ensinou-nos a orar, chamando Deus de"Pai Nosso"(Mt 6.9). Enfatizou o quarto mandamento, mandando honrar pai e mãe (Mt 15.3-6; Mc 7.10-13). Teve um trato especial com as crianças, abençoando-as (Mc 10.13-16).
4. O
RELACIONAMENTO FAMILIAR NA BÍBLIA
4.1. CONFLITOS NO LAR.
A bíblia nos mostra que os conflitos fazem parte da vida. Jesus
disse: "no mundo tereis aflições..."(Jo 16.33b). Ele previu os
problemas de relacionamento: "E assim os inimigos do homem os seus
familiares" (Ver Mt 10.34-37). Sabendo que a família tem origem divina e é
valorizada na Bíblia, precisamos entender e praticar o relacionamento cristão,
a fim de que o inimigo da família não nos leve à queda como no princípio.
4.2. COMO CONVIVER COM OS CONFLITOS
4.2. COMO CONVIVER COM OS CONFLITOS
4.2.1.PRINCÍPIOS PARA OS
PAIS
1) Ensinar a Palavra de Deus aos filhos no lar (Dt 11.18-21);
2) Ensinar o valor da oração aos filhos;
3) Realizar o culto doméstico (Gn 12.5-7)
4) Ensinar o valor da Igreja (Hb 12.23; Ap 21.9);
5) Preparar os filhos para a vida (Lc 2.52);
6) Ser afetivo com os filhos (1 Pe 3.8;4.8);
7) Não provocar a ira aos filhos (Ef 6.4);
8) Cuidar dos filhos, dando tempo para eles (l Tm 5.8).
Praticando esses princípios ou orientações, os pais evitam ou
amenizam os conflitos no lar.
4.2.2.PRINCÍPIOS PARA OS FILHOS
4.2.2.PRINCÍPIOS PARA OS FILHOS
1) Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3);
2) Os jovens devem guardar a Palavra de Deus para não pecarem (Sl
119.9-11);
3) Os jovens devem obedecer e honrar pai e mãe (mesmo que não sejam crentes), PARA SEREM FELIZES NA TERRA; Ef 6.1-3;Cl 3.20; Exemplo dos filhos dos recabitas (Jr 35.1-6)
3) Os jovens devem obedecer e honrar pai e mãe (mesmo que não sejam crentes), PARA SEREM FELIZES NA TERRA; Ef 6.1-3;Cl 3.20; Exemplo dos filhos dos recabitas (Jr 35.1-6)
4) Os jovens devem ser sujeitos aos mais velhos (1 Pe 1.5a);
5) Os jovens devem ser sujeitos uns aos outros (evita briga entre
irmãos) (1 Pe 5.5b);
6) Os jovens devem ser humildes (Deus resiste aos soberbos): 1 Pe
5.b; Deus exalta (1 Pe 5.6)
7) Os jovens devem lançar sobre o Senhor suas ansiedades (1 Pe
5.7; Sl 55.22; Sl 37.5);
8) Os jovens devem ser sóbrios (simples, modestos, não
exagerados): 1 Pe 5.8a; A desobediência a esses princípios resulta em conflitos
desnecessários, tornando-nos culpados diante de Deus.
4.3. SUBMISSÃO À PALAVRA DE
DEUS
Para viverem bem em
família, os seus integrantes (pais e filhos) precisam submeter-se à Palavra de
Deus, como servos (Mt 20.25-28), temer a Deus e andar nos seus caminhos ( Sl
128)
4.4. SUBMISSAO AO ESPÍRITO
SANTO
Só a submissão ao Espírito
Santo faz com que o crente obedeça à Palavra de Deus. Os membros da família
precisam demonstrar o Fruto do Espírito em seu relacionamento, conforme Gl
5.22-23. Pastores ou membros da igreja, filhos ou pais, esposos e esposas,
todos sem exceção precisam viver dando fruto do Espírito. No texto acima, temos
a Fórmula do Bom Relacionamento Cristão (BRC): BRC= f (A, G, P, L, B, B, F, M,
T.) Os pais devem ser companheiros dos filhos e não seus ditadores. Uma boa
regra é ter FIRMEZA com AMOR. Por outro lado, os filhos devem obedecer aos seus
pais e honrá-los, "pois é mandamento com promessa"; hoje, no meio da
milenar rebelião contra Deus, há filhos que não honram os pais. Isso satisfaz
ao inimigo do lar. É necessário muita oração, adoração a Deus no lar, para que
os conflitos sejam motivo de crescimento e maturidade e não de confrontos e
contendas. O CULTO DOMÉSTICO não elimina os conflitos, mas ajuda a enfrentá-los
como cristãos e a superá-los para a glória de Deus.
5. TEMOOS QUE ENTENDER QUE
AS FERIDAS TEM QUE SER SARANDO
No relacionamento entre os membros da família, muitas vezes surgem
atritos e problemas, que deixam verdadeiras feridas na alma, mais difíceis de
sarar do que as feridas no corpo. Mas a Bíblia tem o tratamento para elas.
5.l. É PRECISO RECONHECER OS PROBLEMAS NO RELACIONAMENTO
Não adianta guardá-los. A Bíblia diz: "Não se ponha o sol
sobre a vossa ira..."(Ef 4.26). 5.2. SE OFENDEMOS, PRECISAMOS PEDIR
PERDÃO. É difícil, mas é indispensável para sarar as feridas interiores. O pai
precisa pedir perdão ao filho quando errar e o filho pedir perdão ao pai,
quando o ofender. É o caminho para a vitória.
5.3. QUANDO SOMOS OFENDIDOS: PRECISAMOS PERDOAR.
É mais difícil, ainda, mas é o único caminho para ficar livre dos
aguilhões do ressentimento, da mágua, do rancor. Quem não perdoa paga um alto
preço. A TENSÃO EMOCIONAL age como um um inimiho da saúde, provocando, dentre
outras coisas: úlceras do estomago e intestinos; pressão alta; colite;
problemas no coração; distúrbios mentais; doenças renais; dores de cabeça;
diabetes; artrite e outras muitas. É preciso perdoar os familiares (e até os
inimigos). Mt 5.44. Não convém dar lugar à "raiz de amargura" (Hb
12.15).
5.4. RESULTADOS DO PERDÃO
1) As feridas são saradas. O perdão é um bálsamo, um refrigério
para a alma; dá alívio e paz ao coração.
2) O perdão verdadeiro libera o ofendido da mágoa. O ofensor fica
com Deus (Perdão não é absolvição).
3) O perdão verdadeiro dá saúde à mente e ao corpo;
4) Deus é glorificado e o inimigo derrotado.
6. CONCLUSÃO No relacionamento entre os membros da família cristã, é
importante que todos dêem lugar à presença de Deus, vigiando para que o inimigo
não encontre brecha para atuar entre eles. Oração e jejum; leitura da bíblia
diária; culto doméstico; a prática do Fruto do Espírito, principalmente do
amor, da longanimidade, da benignidade, da bondade e da temperança, são
garantia certa contra as desavenças e conflitos no lar. Que Deus nos abençoe
que possamos colocar em prática o que nos orienta a Sua Palavra para a família
e o lar.
Fonte: Pr. Elinaldo
Renovato de Lima
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