domingo, 22 de maio de 2016

Série: Saberes para vida


De forma direta ou indiretamente todos nós buscamos o sentido da vida. O filósofo e Matemático Blaise Pascal (1623 – 1662) dizia que essa era uma tendência natural do ser humano. Ver um sentido nas coisas significa achar que a vida tem uma causa, uma finalidade, uma razão – Ser feliz, construir um mundo melhor, amar as pessoas e promover a justiça entre elas.
Mesmo assim, a pergunta é difícil e as respostas são muitas, às vezes contraditórias. Para uns, quem dá sentido à vida humana é Deus; para outros, é o próprio ser humano; alguns, ainda, acreditam que a vida simplesmente não tem sentido.Observe algumas opiniões:
*       Uma professora afirmou: “O propósito da vida é descobrir a relação entre a matéria e o espírito no ser humano”
*       Um empresário disse: Comprar um grande barco para cruzar os mares”
*        O Filósofo Sartre disse: “Tudo é absurdo: nascer e morrer, e no meio o desespero”.
*       Heine afirmou: “A vida é uma enfermidade, o mundo um hospital e a morte é o nosso médico”.
Mas a maioria das pessoas não consegue viver sem algum tipo de ideal ou sem buscar um sentido para a vida. As religiões procuram justamente explicar o sentido é esse. Com isso, elas trazem conforto, esperança, bem-estar, felicidade, otimismo e ações positivas.
Hoje, muitos pensadores dizem que não adianta qualquer busca de sentido. E um grande vazio tem penetrado na mente das pessoas. O ser humano deixou de acreditar em si mesmo. Depois de acontecimentos terríveis no século XX, como a Segunda Guerra Mundial, a bomba atômica, a miséria de tantos povos, as grandes ideais e as utopias humanas foram colocadas em xeque. A idéia de construção de um mundo melhor esvaziou-se para muita gente. Cresceu também o número de pessoas que não acreditam em Deus e aumentou o índice de depressão e angustia. A confiança no futuro ficou abalada.
 Será a vida apenas dor, infelicidade, pobreza, guerra, pela sobrevivência, tédio? Nada se pode fazer para mudar?Não há nenhuma esperança?
Vários filósofos foram responsáveis por essas ideais sobre o nada e a desesperança.
O principal deles foi Arthur Schopenhauer (1788 – 1860),que afirmou que os seres humanos têm dois inimigos difíceis a serem vencidos: a dor e o sofrimento. Segundo o filósofo, o verdadeiro sentido da vida são a dor e o sofrimento, os seres humanos vivem abandonados a si mesmos, na incerteza profunda do que acontecerá ansiosos e medrosos das coisas, cercados de ameaças terríveis. As desgraças humanas estão sempre por toda parte. É impossível ser otimista diante da vida, pois o que espera o ser humano são sempre doenças, perseguições, pobreza e morte. O mundo pode ser comparado ao inferno, em que os seres humanos ora são as almas perdidas, ora são os demônios destruidores. Para Schopenhauer,podemos amenizar as dores da vida de três formas:
1)       Por meio da experiência artística, que nos permitiria escapar do mundo, sair do tempo e entrar em outra dimensão, libertando-nos dos males da existência;
2)       Pelas dores dos outros, assim, esqueceríamos as nossas dores, olhando e procurando ajudar fraternalmente as dores dos nossos semelhantes;
3)       Vivendo uma vida de poucas necessidades, sem desejos de poder ou riquezas, assumindo voluntariamente a pobreza e vencendo a vontade de viver.
Mas o que nos responde as sagradas letras?
Em Proverbios 8.35 diz: “ O que me acha acha a vida e alcança favor do Senhor” Outros afirmam que o sentido da vida está em “ Ser algo de louvor de Deus,iluminando  o caminho para os outros com a luz recebida das fontes eternas”.
Para o escritor russo Leon Tolstoi o sentido da vida é: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Fontes:
·         Chamada da meia noite
·         Marilene Chauí
·         Bíblia Pentecostal –CPAD.



Profº: Pb. Antônio Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário