De forma direta ou indiretamente todos nós buscamos o sentido da vida. O filósofo e Matemático Blaise Pascal (1623 – 1662) dizia que essa era uma tendência natural do ser humano. Ver um sentido nas coisas significa achar que a vida tem uma causa, uma finalidade, uma razão – Ser feliz, construir um mundo melhor, amar as pessoas e promover a justiça entre elas.
Mesmo
assim, a pergunta é difícil e as respostas são muitas, às vezes contraditórias.
Para
uns,
quem dá sentido à vida humana é Deus; para outros, é o próprio ser
humano; alguns, ainda, acreditam que a vida simplesmente não tem sentido.Observe
algumas opiniões:
Uma
professora afirmou: “O propósito da vida
é descobrir a relação entre a matéria e o espírito no ser humano”
Um
empresário disse: “Comprar um grande barco para cruzar os mares”
O Filósofo Sartre disse: “Tudo é
absurdo: nascer e morrer, e no meio o desespero”.
Heine
afirmou: “A vida
é uma enfermidade, o mundo um hospital e a morte é o nosso médico”.
Mas
a maioria das pessoas não consegue viver sem algum tipo de ideal ou sem buscar
um sentido para a vida. As religiões
procuram justamente explicar o sentido é esse. Com isso, elas trazem conforto,
esperança, bem-estar, felicidade, otimismo e ações positivas.
Hoje,
muitos pensadores dizem que não adianta qualquer busca de sentido. E um grande
vazio tem penetrado na mente das pessoas. O ser humano deixou de acreditar em
si mesmo. Depois de acontecimentos terríveis no século XX, como a Segunda
Guerra Mundial, a bomba atômica, a miséria de tantos povos, as grandes ideais e
as utopias humanas foram colocadas em xeque. A idéia de construção de um mundo
melhor esvaziou-se para muita gente. Cresceu também o número de pessoas que não
acreditam em Deus e aumentou o índice de depressão e angustia. A confiança no
futuro ficou abalada.
Será a vida apenas dor, infelicidade, pobreza,
guerra, pela sobrevivência, tédio? Nada se pode fazer para mudar?Não há nenhuma
esperança?
Vários
filósofos foram responsáveis por essas ideais sobre o nada e a desesperança.
O
principal deles foi Arthur Schopenhauer (1788 – 1860),que afirmou que os seres
humanos têm dois inimigos difíceis a serem vencidos: a dor e o sofrimento.
Segundo o filósofo, o verdadeiro sentido da vida são a dor e o sofrimento, os
seres humanos vivem abandonados a si mesmos, na incerteza profunda do que acontecerá
ansiosos e medrosos das coisas, cercados de ameaças terríveis. As desgraças
humanas estão sempre por toda parte. É impossível ser otimista diante da vida,
pois o que espera o ser humano são sempre doenças, perseguições, pobreza e
morte. O mundo pode ser comparado ao inferno, em que os seres humanos ora são
as almas perdidas, ora são os demônios destruidores. Para Schopenhauer,podemos
amenizar as dores da vida de três formas:
1) Por meio da experiência artística,
que nos permitiria escapar do mundo, sair do tempo e entrar em outra dimensão,
libertando-nos dos males da existência;
2)
Pelas
dores dos outros, assim, esqueceríamos as nossas dores, olhando e procurando
ajudar fraternalmente as dores dos nossos semelhantes;
3) Vivendo uma vida de poucas
necessidades, sem desejos de poder ou riquezas, assumindo voluntariamente a
pobreza e vencendo a vontade de viver.
Mas o que nos responde as sagradas letras?
Em Proverbios 8.35 diz: “ O que me acha acha a vida e alcança favor do Senhor” Outros
afirmam que o sentido da vida está em “ Ser algo de louvor de
Deus,iluminando o caminho para os outros
com a luz recebida das fontes eternas”.
Para o escritor russo Leon Tolstoi o sentido da vida é: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Fontes:
·
Chamada
da meia noite
·
Marilene
Chauí
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